quarta-feira, 16 de maio de 2012

Aracaju



Aracaju

  Mangue Seco contatei vários ciclistas aracajuanos pelo Facebook, mas não tínhamos arrumado nada certo para nos hospedarmos na capital. Pegamos uma canoa bem estreita e em poucos minutos estávamos em Sergipe.


Partindo de Mangue seco

Sentido Sergipe



Caminho para Aracaju

 Já era quase 16:00h, então aceleramos o pedal para pegarmos pouca estrada de noite. Paramos para uma alongada e para ligar as luzes sinalizadoras depois de duas horas de pedal intensas. Um senhor muito bondoso presenteou-nos com dois pacotes de bolachas para seguirmos estrada. Já escuro esticamos o pedal com velocidade média de 23 km/h e com um olho no retrovisor e o outro no acostamento ruim fomos em um ritmo rápido até entrarmos no município de Aracaju. Quando achávamos que estávamos chegando vimos uma placa dizendo “30 km para o centro”. Isto desanimou um pouco, mas mantemos o ritmo. Liguei para a Mônica, que organiza o grupo de ciclistas Aracaju pedal livre, para ter certeza do caminho e ela disse que estávamos na direção certa.

Ciclovia em Aracaju

 Chegamos cerca de 20:00h em uma cidade muito bonita e organizada á primeira vista. Uma orla agitada, cheia de bares e restaurantes, com ciclovia em quase toda sua extensão. Fundada em 1855, Aracaju é a primeira cidade planejada do Brasil e é a que tem o maior número de ciclovias por habitante. É a cidade com a menor desigualdade do nordeste e como foi toda aterrada, boa parte da cidade fica abaixo do nível do mar, não venta muito e faz bastante calor. Outro ponto a ser ressaltado da capital é que é a cidade com os hábitos de vida mais saudáveis do país e a capital com menor índice de fumantes, segundo o Ministério da Saúde. Very good. Conversamos com um Boliviano andarilho que nos deu as coordenadas necessárias para não sermos roubados na cidade, e então fomos atrás de um rango. Conseguimos a melhor “quentinha” da viagem, com bacalhau, filé mignon ao molho madeira e uma lata de Pepsi cola sem igual. No meio de nosso jantar revimos um argentino, que está viajando a América do Sul em um trailer, que conhecemos na Praia do Forte. Ele nos viu chegar na cidade e foi de encontro a nós. Colocamos as conversas sobre a política populista de Cristina Kirchner e então a Mônica apareceu também, junto com o marido e amigos. Conversamos um pouco e eles continuaram o pedal na orla.

Ciclovia em Aracaju

 Tentamos arranjar cortesias nas pousadas e no meio de algumas tentativas, o ciclista Rafael me ligou e disse que arrumaria um local para nos hospedarmos naquela noite. Ele nos encontrou na orla e deu a ideia de dormirmos na casa de sua sogra. Ficamos meio sem jeito de aceitar o convite embora seguimos para lá. O pneu do mindu furou duas vezes e então chegamos no condomínio. Desmontamos as bagagens e deixamos as bicicletas do lado de fora, sem tranca, pela primeira vez. Dormi mentalizando o possível barulho que fariam ao tentar larapiar minha magrela para conseguir acordar e evitar o fim do mundo.

Rafael figuraça
  Acordamos lanchamos e conhecemos a namorada, que tinha quebrado o cotovelo m um acidente de bike com um caminhão e sua sogra que nos preparou um belo lanche. Um grande abraço a todos. Enfim seguimos com o Rafael para o centro onde ele ia fazer uma prova de concurso e nós precisávamos de uma loja de bike.

Cicloturismo em Aracaju

Conhecemos a loja Bike Magazine que nos presenteou com dois velocímetros, um jogo de pneus de boa qualidade para o Diego que estava realmente precisando, e câmeras de ar reservas para eventuais surpresas pelo caminho. A loja é referência em Aracaju e vende produtos mais populares, mas focam nas vendas de produtos top de linha. Um grande abraço ao Dijalma e muito obrigado pela atenção, simpatia e ajuda ao nosso projeto.


Eu, Djalma e Diego na Magazine Bike Show


Cicloturismo Aracaju


Seguimos para orla para conseguirmos uma cortesia em alguma pousada. Como era feriado do dia do Trabalho estavam todas bem cheias e não foi possível ficarmos hospedados em nenhuma delas. A última chance era o camping da cidade. Mas primeiramente paramos em um restaurante beira mar para almoçarmos. Por lá ficamos até de noite e conhecemos o dono do restaurante que estava com sua família. Todos são de Wenceslau Braz, pequena cidade do Paraná de onde nasceu um grande amigo nosso que mora em Goiânia a vários anos. Todas as mulheres eram lindas e os homens bastante simpáticos. De noite eles nos convidaram para tocar violão na mesa deles e depois de apreciar algumas cachaças, foi a vez de um maravilhoso peixe vermelho sem igual na face nordestina da terra. Foi uma noite muito boa.

Jantar no Restaurante
                         
Paranaenses de Acaraju
    Seguimos para o camping e conseguimos encostar para o dia seguinte. Acordei cedo, dei uma última volta na orla, fui ao shopping, comprei uns livros de supermercado e encontrei o Diego para arrumarmos nossas coisas, almoçar e seguir viagem. O Rafael nos ligou, ofereceu um almoço de despedida na casa da sogra e foi pra lá que seguimos. Comemos um belo almoço caseiro com um suco delicioso de jenipapo e junto com o Rafael colocamos as rodas na estrada sentido lagoa redonda. Nos despedimos na saída da cidade, após a ponte. Rafael, abração meu velho! Os dias que passamos em Aracaju foram bem tranquilos graças a você.


Camping Aracaju


Despedindo de Aracaju


 Bateremos o ponto em Pirambu e então atravessaremos o estado de Sergipe...

Um comentário:

Rafael Barbosa disse...

Abraços galara!
continue o belo trabalho de vcs