quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Estrada Real - Catas Altas - Santa Rita Durão - Camargos - Mariana


Nos despedimos de Barão de Cocais e depois de alguns quilômetros, margeando a Serra do Caraça, chegamos a Catas Altas. Neste trecho fomos somente pela planilha da Estrada Real e não tivemos problemas. O final do trecho é na Igreja Matriz de Nossa Senhora. Chegamos na hora do rango e conseguimos um almoço no restaurante Pico do Sol. Depois de almoçar fizemos o famoso quilo na porta da igreja, eu dei uma esticadinha e o André ficou lendo. Para conseguirmos água pedimos para uma Dona que estava na janela com sua linda netinha, conversamos sobre a região enquanto a netinha ficava fazendo gracinhas e escondendo para não tirarmos uma foto dela, felizmente conseguimos capturá-la na máquina. Que menina linda.
Serra de Catas Altas

Estrada Real - perto de Catas Altas
Igreja Matriz de Nossa Senhora
Catas Altas
A netinha e sua vó
Restaurante Pico do Sol

Essa parte da Estrada Real é bem tranquila, não tem aquelas subidas de matar e o visual é irado, sempre estávamos vendo a serra de Catas Altas. Passamos por Morro d'Agua Quente e fomos direto para Santa Rita Durão. Paramos no único restaurante aberto da pequena cidade de 306 anos. Subi, conversei com a dona sobre nosso projeto e conseguimos o jantar. O povo mineiro é bom demais.
Estrada Real
Com o barriga explodindo fomos procurar um lugar para dormir. O senhor que trabalhava embaixo do restaurante falou de uma pensão e fomos lá conferir. A pensão não está em muito bom estado e também precisa de uma boa reforma, mas em relação aos lugares que dormimos, o quarto que ela nos ofereceu estava de muito bom agrado, ainda mais que não gastamos para ficar lá. Algumas luzes não estavam funcionando, o banheiro pingava muito e alguns quartos estavam cheio de material de construção, parecia mais uma casa de filme de terror. Abaixo tem um vídeo que descreve melhor o que estou falando.



Pensão em Santa Rita Durão
André e Dona Cota
Igreja em Santa Rita Durão
O galã do Goiás Chola na pensão
Apesar de tudo, tivemos um noite bem tranquila, a senhora foi bem simpática conosco. Antes de sairmos de Santa Rita Durão passamos na padaria e dessa vez conseguimos o café da manhã, não é em toda região que as pessoas são tão simpáticas e de coração aberto assim, Minas Gerais é terra de povo bom mesmo. Passamos pelo povoado de Bento Rodrigues e, depois de uma subidinha, avistamos uma cachoeira, não pensamos muito e logo estávamos tomando banho. Só descobrimos que não era bom tomar banho ali depois de muito tempo. Chegamos em Camargos e ao perguntar a um rapaz sobre o rio, ele nos avisou que só na cachoeira que não era bom tomar banho, mas já era tarde.
Cachoeira Coliformes
O André mudou de ideia a tempo e não comeu a maçã
Logo chegamos a Camargos, apressamos o pedal porque a chuva começou a cair, por sorte deu tempo de nos escondermos no restaurante de Dona Silvana. Ela estava preparando almoço para 3 senhores que trabalham na região, um deles nos contou, e até se emocionou, sobre o projeto do primo Argus Caruso, Pedalando e Educando (clique para saber mais sobre o projeto).
Camargos

Conversa vai conversa vem, Dona Silvana liberou a gente para almoçar lá, comemos muito enquanto a chuva caia. Acabou que a chuva não parou mais e dormimos na área do restaurante mesmo. Levantamos e a santa dona Silvana tinha preparado um cafézinho com bolo de banana, uma delícia. Compensa muito ir para Camargos e conhecer os dotes culinários regionais de Dona Silvana.
As flores e a horta de Dona Silvana
Diego e Dona Silvana 

Crowdiano o restaurante
Na continuação do caminho, indo para Mariana, encontramos uns 4 ciclistas subindo separadamente. Enquanto descíamos, os ciclistas vinham com dificuldade na subida, e quando cruzavam com a gente o André Chola ia gritando: "ACESSE NOSSO SITE, PEDALAREPRECISO.COM.BR", uma vez publicitário... E nessa toada chegamos a Mariana, paramos só para encher o pneu pois queríamos chegar mais cedo em Ouro Preto. Pegamos mais uma serrinha para chegar e logo estávamos nas ladeiras da antiga Vila Rica...

Panorâmica de Ouro Preto...
Por Diego Minduim

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Barão de Cocais - Santuário do Caraça


Santuário do Caraça

Saímos de Lagoa Santa na sexta-feira com destino a Taquaraçu de Minas, foram 62 km de terra, contando com os 10 km que erramos, foi nosso primeiro erro de caminho, ainda bem que tinha um atalho para voltar à estrada. Acordamos no sábado e nosso destino era Barão de Cocais, iríamos voltar para estrada real. Saímos de Taquaraçu de Minas e fomos direto para BR-381, conhecida como rodovia da morte entre BH e João Monlevade, durante o caminho vimos por que é chamada assim. A rodovia é cheia de serras, curvas e com trânsito intenso de carretas, ocorre muitos acidentes e, consequentemente, várias mortes. Foi a rodovia mais tensa que pegamos em toda viagem.

Péssimo acostamento
Quando paramos para encher os cantis, o André saiu na minha frente, não viu o marco da Estrada Real e passou reto, tentei alcança-lo para avisar do marco, mas ele não me ouvia devido ao transito intenso, acabamos indo pelo asfalto mesmo. Viramos no trevo de Barão de Cocais e seguimos em frente. Quando chegamos na cidade nada dava certo para nós, até que de repente a sorte voltou a nos acompanhar, conseguimos uma janta com uma senhora bem simpática e logo depois conseguimos um lugar para dormir em um posto. Quando estávamos com tudo pronto para dormir, apareceu o Cristiano, vereador em Barão de Cocais; começamos a conversar e logo ele nos chamou para ir até Ouro Preto com ele. Não pensamos duas vezes, e lá fomos nós rumo a uma noite na antiga Vila Velha. A festa seria na república hospício, onde o Cristiano era amigo de alguns alunos que moravam na república. Fomos muito bem tratados lá, a festa foi muito boa. Conhecemos 2 casais de BH e trocamos várias idéias, eles adoraram o projeto e acabamos conversando a noite inteira.
Galera de BH
República Hospício - Loucos Por Saias
Ouro Preto
Voltamos para Barão as 4 da matina, na ida eu tinha até passado mal devido as curvas da estrada, na volta dormi e não tive problemas, o André muito menos, dormiu a estrada inteira. Tínhamos marcado de ir para o Santuário do Caraça no domingo, levantamos meio dia e seguimos para lá. O lugar é fantástico, era um colégio de padres, onde antigamente estudaram algumas pessoas importantes, inclusive o ex-presidente Afonso Pena. Don Pedro II já se hospedou lá também, ele deixou a simples frase: “Só o Caraça paga toda a viagem a Minas”.





Palavras de D. Pedro II

O lugar tem muita história e vários lugares para tomar banho, por ter irmos tarde acabamos conhecendo somente o tanque grande. Lá no Santuário que as pessoas conseguem ver o lobo-guará, os padres dão comida para eles e o pessoal fica bem próximo dos lobos, infelizmente não conseguimos ver os lobos, o lugar estava muito cheio e tinha acabado de ocorrer uma queimada na Serra do Caraça, deixamos isso para uma próxima vez que voltarmos lá, e vale muito a pena voltar.

Tanque Grande
O Cristiano é uma pessoa incrível, sempre muito atencioso conosco e fez de tudo para nós, na verdade faz de tudo para todos, uma pessoa com um ótimo coração. No final do dia conhecemos Alessandra, irmã de Cristiano, conversamos muito com ela, mais tarde eles pediram salgadinhos para jantarmos, enchemos a barriga daquele jeito e acabou que ficamos mais uma noite na casa deles.

Pedra da Tartaruga


 De manhã acordei e percebi que meu bagageiro estava quebrado, na hora bateu um desespero, mas logo fiquei tranqüilo, levei para soldar e agora está zero...

Bagageiro quebrado
Enquanto isso Alessandra estava preparando um ótimo café da manhã para nós, comemos mais aquele tanto e partimos para estrada. Cristiano, que também é ciclista, nos acompanhou por 20 km de estrada até o bicame de pedras (antigo aqueduto usado para lavar minérios), o bicame na época custou uma bagatela de 15 kg de ouro, com uma arquitetura intrigante é um lugar indispensável para os visitantes da Estrada Real.
André, Diego e Cristiano

Bicame de Pedras

Bicame de Pedra


Bicame de Pedra
Nos despedimos dele e seguimos viagem para Catas Altas. Agradecemos muito ao Cristiano por tudo que fez por nós, e também a sua irmã Alessandra. Vimos que o que os dois tem de melhor é de família, seu pai e sua mãe são ótimas pessoas também, obrigado por tudo pessoal.


Pedra do Caraça

por Diego Minduim

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Geração Facebook



É clichê falar que vivemos hoje uma geração facebook. As pessoas gastam mais tempo escolhendo o que falar do que falando de fato e o resultado disso tudo é uma conversa de mão única, com o espelho. Quando temos tempo para planejar algo o podemos fazer com mais perfeição e então quando somos jogados na terrível arena do mundo real e temos que viver o imediato, o improviso; podemos acabar sentindo falta do confortável mundo virtual que podemos construir. Um perigo! Escolhemos a foto, decoramos com frases de 120 caracteres, musicamos com hits das décadas passadas onde também nos comunicávamos através da linguagem escrita, mas a resposta demorava dias, anos se viesse. Não ficávamos escrevendo telegramas duas horas por dia. Não precisávamos nos comunicar diariamente por distância, pois tínhamos contato direto com um número maior de pessoas e não tínhamos tantas ferramentas para interação social. Daí, mais tempo para viver o mundo real.
Passamos pelo telefone, inicialmente muito caro que depois passou a literalmente caber dentro do bolso. A revolução da comunicação foi dando seus passos cada vez mais corridos até culminar nas redes sociais. Mais de 800.000.000 de pessoas fabricam e atualizam seus perfis numa festa silenciosa de gente bonita bem sucedida, que curte e cutuca tudo. Não existe a possibilidade de simplesmente não curtir algo. Podemos relaxar e nos sentir cheio de amigos e quando formos ao show de uma banda que toca há 15 anos o mesmo cd podemos filmar e colocar o vídeo para todos verem o mundo que queremos montar. Ao invés de viver intensamente o momento deixamos que uma cybershot revele algo planejado. Hipócrita eu?? Sou apenas mais um na geração caranumlivro. Fruto de um problema sexual de um nerd que parece ser chato segundo o seu filme, o facebook pode ser responsável por acelerar uma geração impregnada de informação, com uma capacidade cognitiva cada vez maior, com capacidade de armazenamento de dados cada vez maior, mas com capacidade de abstração reduzida. Com menos poesia, menos conhecimento, sem tradições regionais, menos cultura e tremendo de medo de um mundo cada vez maior. Pouco tempo pra compassos e muito espaço virtual. Estamos sempre repassando algo e o máximo que podemos criar são frases rápidas de 120 caracteres.
Hoje temos um arsenal de informação capaz de nos transformar em qualquer coisa se aliarmos o conhecimento com a prática. Se quiser virar perito em radiologia; imagens, vídeos, textos e exemplos sobre tudo relacionado ao assunto estão à disposição. Agora se quiser fazer um raio-x da sociedade que vivemos, as milhares de informações que nos invade por todos os lados nos tirarão o tempo necessário para a imaginação. Estamos já acostumados a fazer perguntas para o google resumidas assim: “remédio caseiro dor costa...” e incrivelmente o danado com seus mecanismos inteligentíssimos de busca nos leva a várias pistas de nossa ignorância. E se o desgraçado não nos responder na primeira página da busca, achamos que a resposta não existe. Que mundo fácil. Certo dia fiz um vídeo chamado “como comer um pão” e filmei um amigo comendo o alimento para instruir futuros mamíferos bípedes com um nível mais sério de facebucagem. Falta do que fazer? Fazer o quê!
Vou postar esse texto no site, divulga-lo no twitter e no caranumlivro e sonhar com 46 curtidas, 22 comentários e 3 retweets. Curtir é preciso...


sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Rio de Janeiro




Fui para o rio de Janeiro dia 22 de setembro. No aeroporto de confins tive que dispensar meu alicate, pois poderia utilizá-lo para forçar o piloto a bater o avião no Cristo redentor ou algo assim. Que pena, era uma boa ferramenta com muita utilidade para um cicloturista. 50 minutos e pousamos no Santos Dumont, peguei um ônibus e lá estava em Copacabana. Maravilha. Lanchei no Leme e cheguei ao ap do meu tio beira mar. Acordei minha tia, e enquanto conversávamos a amiga de minha prima terminava seu banho. Ela demorou bastante e quando chamamos por ela não obtivemos retorno. Ficamos preocupados. Como o chuveiro é aquecido a gás imaginei que ela poderia ter se intoxicado já que a janela estava fechada. Chamamos mas uma vez e nada. Tive que arrombar a porta e ela estava espumando a boca caída no chão. Ligamos no Samu, desliguei o registro do gás e desci para esperar a ambulância. Neste tempo passou o corpo de bombeiros, acenei para eles e eles subiram para ver o que acontecia. Ela se contorcia de dor, inconsciente, e não falava nada. Infelizmente os bombeiros nada puderam fazer, logo chegou a ambulância e deu oxigênio para ela. A colocaram numa cadeira e a levaram ao hospital. Que susto! Enquanto esperávamos os resultados dos exames fomos almoçar em um restaurante. Fazia muito tempo que não comia uma comida mais gostosa. Só marmita, macarrão e comida de coelho. A noite Lapa e depois Rio Scenarium sambar com o pescoço.

Estação
No dia seguinte fui ao Centro cultural Banco do Brasil conhecer a mostra Miles Davis e entender o valor que este trompetista tem para o jazz e a música mundial. Tocou com Charlie Parker no Bebop, consolidou o Cool jazz, fundiu com o rock, tocou com Hendrix, brincou com o funk e até o rap, deu uma passarinhada no Free Jazz, pintou quadros, abusou das drogas, lutava boxe e contra o racismo. Uma lenda! Depois do Rio de Janeiro, a exposição será instalada em São Paulo, no Sesc Pinheiros, de 19 outubro a 25 de janeiro de 2012, também com entrada franca. 

Miles
No dia 24 ganhei ingressos para o Rock in rio. Troquei o show do Red Hot por R$ 400,00 e tive que ir até o terminal da Alvorada depois da Barra da tijuca vender o segundo ingresso. Achei uma blusa de frio da Adidas tamanho GG no baú e voltei para Copacabana. Lá encontrei com o mindu que se hospedou na casa da Érika por 3 dias. Fomos à Casa Rosa, uma casa de festas com 3 ambientes de música, very cool.
Dia 25, dia do Metallica. Esperei o pessoal chegar para almoçarmos juntos. Quando desci para abrir o portão notei que estava saindo água do ralo do banheiro. Voltei e vi que saia água até do ralo do corredor. Dei descarga e pronto! Tinha água com fezes quase entrando na casa do vizinho. Que merda! O cano estava entupido e não deveria ter usado a máquina de lavar. Coloquei pano e jornais para impedir que aquela sujeira toda entrasse na casa do vizinho. Puxei a água para o ralo do outro lado do corredor e também estava entupido. Daí tinha água descendo até o primeiro andar. Uma verdadeira merda. Coloquei luvas e drenei aquela água com pano até que o zelador chegou para dar uma mão. Grande Severo.
Para consolar aquele sofrimento todo, só o show do Metallica.
A cidade do rock ficou incrível, o som era ótimo, a cerveja R$ 6,50, tinha uma tirolesa que passava em frente do palco mais a fila era impossível. Assisti ao show bem perto e foi loucura total. Sonzeira do caralho. O metallica já foi a banda mais rica do mundo e não é a toa não. A rua do jazz era bem bacana também, intercalavam músicos e artistas de rua. 100 mil pessoas por dia no rock in rio. 2013 tem mais.

Roda gigante
Entrada rock in rio
Bandeiras
Palco principal
 Na volta ônibus, metrô, ônibus, demorou demais e estava cansado. Acordei com um torcicolo fudido e fomos alivia-la na praia. Era minha última noite em Copacabana. Dia 27 fui para Lapa e enquanto conversávamos em uma mesa contei 10 pessoas que vieram ou me vender algo ou pedir dinheiro. Um saco! A famosa malandragem carioca tomou forma em um cara que chegou se apresentando como em um teatro e logo mostrou sua mão tremendo junto com o corpo todo. Disse que era alcoólatra mesmo e precisava de cachaça para chegar em casa se não poderia ter uma convulsão. Diante de tanto suplício tirei uma moeda e coloquei em sua mão. O cara agradeceu e saiu sem tremer, mais sóbrio que um padre. Que figura!

Grafite lapa
 Dia 28 fomos conhecer o MAM. Vimos desenhos, pinturas, esculturas e instalações concebidas de 1942 a 2009 de Louise Bourgeois – O retorno do desejo proibido, a primeira panorâmica no Brasil da grande artista franco-americana, nascida em Paris em 1911 e falecida em maio do ano passado, aos 98 anos, em Nova York. Ela fez psicanálise boa parte de sua vida e exorciza seus fantasmas em sua obra complexa com temática sexual e psicológica. 

Louise Bourgeois
Vimos também a exposição de artistas jovens finalistas de uma iniciativa para valorizar a produção brasileira contemporânea. Impressionante. A obra que mais me tocou foi um homem de cera com um holofote iluminando suas costas, o calor da lâmpada derretia seu corpo revelando sua coluna vertebral de metal. Muito bacana. 

Louise Bourgeois - Spider 

Louise Bourgeois - arco da histeria
Louise Bourgeois

Farnese de andrade - Viemos do mar II - 1978
Farnese de andrade - Viemos do mar II - 1978
Boneco de cera derretendo - Tatiana Blass

Diário amoroso - Semifinalista PIPA
Tinta sob o muro - semifinalista do PIPA
Grávida

Tarsila do Amaral - O vendedor de frutas - 1925

Di Cavalcantti - Mesa de bar - 1929
Lasar Segall - Auto retrato - 1935
Glauco Rodrigues - Norma - 1968
Ivald Granato - Uau-P-Ade-Época - 1976
Lasar Segall - Marinheiro e prostituta - 1929

Di Cavalcanti - Moças com Violões - 1937
Carlos Zilio - Mecanismos do Tempo - 1978
Ipanema: Os ricos sabem que vão mmorrer mas os mortos não sabem coisa nenhua
O crescimento acelerado da economia
MAM - 1º andar
MAM - 2º andar

Conheçam a obra desta artista http://www.tatianablass.com.br/. 



Depois do MAM vimos um grupo de jazz ao ar livre no centro do Rio. Os músicos eram jovens e tocavam muito, o baixista e o guitarrista chamaram mais atenção que o trompetista. Jantei em um restaurante tradicional chamado Santa Capela com Letícia Spiller na mesa da frente. Delícia... de jantar. Peguei um ônibus e dormi na Tijuca, bairro próximo ao Maracanã, vizinho da Vila Izabel de Noel Rosa. Um bairro tranqüilo da Zona Norte, um pouco longe do centro mas bem mais barato que a Zona Sul, o metro quadrado mais caro do Brasil. Acordei quinta feira e senti algo andando nas minhas costas. Uma barata! Levantei com o despertador vivo e nos preparamos para conhecer o Parque Quinta da Boa Vista. 

Quinta da Boa Vista
Quinta da Boa Vista
Quinta da Boa Vista
Quinta da Boa Vista
Quinta da Boa Vista
Museu Nacional
Quinta da Boa Vista
Quinta da Boa Vista
Maravilhoso. Lá tem o Museu Nacional que estava fechado e não pudemos conhecer, o zoológico e um campus da UERJ. De noite fomos ao aniversário de um boêmio da tijuca que rolou em um bar de esquina. Conheci o Japa de Ribeirão Preto a Érika do Pará e os boêmios da tijuca, o Churisba que também mora lá, estava viajando. Um músico muito bom fez a trilha sonora da festa. Continuamos a festa no bar ao lado, ½ porta. Conversamos bastante e acabei dormindo na casa do maluco que me mostrou seus vinis, um baixo que ele construiu com uma madeira maciça pesadíssima e como trabalha com edição de vídeos, me deu vários toques para documentar o projeto. Uma câmera Go Pro é preciso. No outro dia acordei com o cara sem dormir, tinha ido enterrar um amigo e estava puto. Sua mãe veio enchendo o saco todo o caminho para ele mudar de vida, morar em um apartamento em Copacabana. “Tudo tem um preço!”. Tive que pular o muro para sair do edifício e chegando na casa o Mindu estava lá trancado com fome. Arrumamos um rango e de noite lapeamos novamente. Presenciamos uma passeata de ciclistas incentivando o uso da magrela. That´s great. 



 Sábado almoçamos uma feijoada, com arroz mexicano e salada feitos pela Érika. Ficou muito bom. De tarde praia de Ipanema. De noite morro da mangueira. Fomos ver o ensaio dos samba enredos semifinalistas da verde e rosa. Uma caminhonete lotada de cerveja patrocinada pelo grupo de um dos sambistas e nossa função era cantar junto na quadra. Pegamos a letra e ouvimos a música umas cem vezes para memorizarmos. Sonhei com aquele samba. 


Erika, Diego, ???, Japa, André, Erika, Churisba
Prédio da mangueira
Quadra da Mangueira

Dia 02 de outubro, domingo Rock in Rio. Vi o show da Pitty meia boca, mas o show do System of a Down valeu a pena. O cara canta muito e a banda é pesada. Na volta choveu e não fiquei para o Guns. Vi November Rain pela multishow, muito melhor. A voz do Axel Rose tava horrível e a chuva não valia a pena um show que já fez história no Rock in Rio. Dia seguinte almocei um galeto delicioso e vi o filme do Wagner Moura O Homem do futuro. Bacaninha. Atuação legal, direção jóia, roteiro massa. De noite dormi novamente na tijuca. No último dia na cidade maravilhosa conheci o famoso Jardim Botânico, belíssimo. Criado em 1808 com objetivo de aclimatar as especiarias vindas das Índias Orientais por D. João, o Jardim de Aclimação foi aberto à visitação pública após 1822 e teve muitos visitantes importantes como Einstein, e a Rainha Elisabeth. Nele podem ser observadas cerca de 6.500 espécies distribuídas por uma área de 54 hectares, ao ar livre e em estufas. Conheçam esta maravilha. 

Jardim Botânico
Jardim Botânico
Jardim Botânico
Jardim Botânico
Jardim Botânico
Jardim Botânico
Jardim Botânico

Jardim Botânico
Jardim Botânico
Jardim Botânico
Jardim Botânico
Jardim Botânico
Jardim Botânico

Jardim Botânico
Jardim Botânico
Voltei para tijuca, arrumamos nossas coisas e partimos para o Galeão. O Rio é uma cidade incrível e muito intensa para o bem e para o mal, felizmente nada ruim aconteceu. Dia 07 de outubro pegamos estrada novamente, começamos a segunda parte da estrada Real. Um grande abraço para a Érika o Japa e o Churisba que nos acolheram muito bem.

Postado por André Roriz