sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Rio de Janeiro




Fui para o rio de Janeiro dia 22 de setembro. No aeroporto de confins tive que dispensar meu alicate, pois poderia utilizá-lo para forçar o piloto a bater o avião no Cristo redentor ou algo assim. Que pena, era uma boa ferramenta com muita utilidade para um cicloturista. 50 minutos e pousamos no Santos Dumont, peguei um ônibus e lá estava em Copacabana. Maravilha. Lanchei no Leme e cheguei ao ap do meu tio beira mar. Acordei minha tia, e enquanto conversávamos a amiga de minha prima terminava seu banho. Ela demorou bastante e quando chamamos por ela não obtivemos retorno. Ficamos preocupados. Como o chuveiro é aquecido a gás imaginei que ela poderia ter se intoxicado já que a janela estava fechada. Chamamos mas uma vez e nada. Tive que arrombar a porta e ela estava espumando a boca caída no chão. Ligamos no Samu, desliguei o registro do gás e desci para esperar a ambulância. Neste tempo passou o corpo de bombeiros, acenei para eles e eles subiram para ver o que acontecia. Ela se contorcia de dor, inconsciente, e não falava nada. Infelizmente os bombeiros nada puderam fazer, logo chegou a ambulância e deu oxigênio para ela. A colocaram numa cadeira e a levaram ao hospital. Que susto! Enquanto esperávamos os resultados dos exames fomos almoçar em um restaurante. Fazia muito tempo que não comia uma comida mais gostosa. Só marmita, macarrão e comida de coelho. A noite Lapa e depois Rio Scenarium sambar com o pescoço.

Estação
No dia seguinte fui ao Centro cultural Banco do Brasil conhecer a mostra Miles Davis e entender o valor que este trompetista tem para o jazz e a música mundial. Tocou com Charlie Parker no Bebop, consolidou o Cool jazz, fundiu com o rock, tocou com Hendrix, brincou com o funk e até o rap, deu uma passarinhada no Free Jazz, pintou quadros, abusou das drogas, lutava boxe e contra o racismo. Uma lenda! Depois do Rio de Janeiro, a exposição será instalada em São Paulo, no Sesc Pinheiros, de 19 outubro a 25 de janeiro de 2012, também com entrada franca. 

Miles
No dia 24 ganhei ingressos para o Rock in rio. Troquei o show do Red Hot por R$ 400,00 e tive que ir até o terminal da Alvorada depois da Barra da tijuca vender o segundo ingresso. Achei uma blusa de frio da Adidas tamanho GG no baú e voltei para Copacabana. Lá encontrei com o mindu que se hospedou na casa da Érika por 3 dias. Fomos à Casa Rosa, uma casa de festas com 3 ambientes de música, very cool.
Dia 25, dia do Metallica. Esperei o pessoal chegar para almoçarmos juntos. Quando desci para abrir o portão notei que estava saindo água do ralo do banheiro. Voltei e vi que saia água até do ralo do corredor. Dei descarga e pronto! Tinha água com fezes quase entrando na casa do vizinho. Que merda! O cano estava entupido e não deveria ter usado a máquina de lavar. Coloquei pano e jornais para impedir que aquela sujeira toda entrasse na casa do vizinho. Puxei a água para o ralo do outro lado do corredor e também estava entupido. Daí tinha água descendo até o primeiro andar. Uma verdadeira merda. Coloquei luvas e drenei aquela água com pano até que o zelador chegou para dar uma mão. Grande Severo.
Para consolar aquele sofrimento todo, só o show do Metallica.
A cidade do rock ficou incrível, o som era ótimo, a cerveja R$ 6,50, tinha uma tirolesa que passava em frente do palco mais a fila era impossível. Assisti ao show bem perto e foi loucura total. Sonzeira do caralho. O metallica já foi a banda mais rica do mundo e não é a toa não. A rua do jazz era bem bacana também, intercalavam músicos e artistas de rua. 100 mil pessoas por dia no rock in rio. 2013 tem mais.

Roda gigante
Entrada rock in rio
Bandeiras
Palco principal
 Na volta ônibus, metrô, ônibus, demorou demais e estava cansado. Acordei com um torcicolo fudido e fomos alivia-la na praia. Era minha última noite em Copacabana. Dia 27 fui para Lapa e enquanto conversávamos em uma mesa contei 10 pessoas que vieram ou me vender algo ou pedir dinheiro. Um saco! A famosa malandragem carioca tomou forma em um cara que chegou se apresentando como em um teatro e logo mostrou sua mão tremendo junto com o corpo todo. Disse que era alcoólatra mesmo e precisava de cachaça para chegar em casa se não poderia ter uma convulsão. Diante de tanto suplício tirei uma moeda e coloquei em sua mão. O cara agradeceu e saiu sem tremer, mais sóbrio que um padre. Que figura!

Grafite lapa
 Dia 28 fomos conhecer o MAM. Vimos desenhos, pinturas, esculturas e instalações concebidas de 1942 a 2009 de Louise Bourgeois – O retorno do desejo proibido, a primeira panorâmica no Brasil da grande artista franco-americana, nascida em Paris em 1911 e falecida em maio do ano passado, aos 98 anos, em Nova York. Ela fez psicanálise boa parte de sua vida e exorciza seus fantasmas em sua obra complexa com temática sexual e psicológica. 

Louise Bourgeois
Vimos também a exposição de artistas jovens finalistas de uma iniciativa para valorizar a produção brasileira contemporânea. Impressionante. A obra que mais me tocou foi um homem de cera com um holofote iluminando suas costas, o calor da lâmpada derretia seu corpo revelando sua coluna vertebral de metal. Muito bacana. 

Louise Bourgeois - Spider 

Louise Bourgeois - arco da histeria
Louise Bourgeois

Farnese de andrade - Viemos do mar II - 1978
Farnese de andrade - Viemos do mar II - 1978
Boneco de cera derretendo - Tatiana Blass

Diário amoroso - Semifinalista PIPA
Tinta sob o muro - semifinalista do PIPA
Grávida

Tarsila do Amaral - O vendedor de frutas - 1925

Di Cavalcantti - Mesa de bar - 1929
Lasar Segall - Auto retrato - 1935
Glauco Rodrigues - Norma - 1968
Ivald Granato - Uau-P-Ade-Época - 1976
Lasar Segall - Marinheiro e prostituta - 1929

Di Cavalcanti - Moças com Violões - 1937
Carlos Zilio - Mecanismos do Tempo - 1978
Ipanema: Os ricos sabem que vão mmorrer mas os mortos não sabem coisa nenhua
O crescimento acelerado da economia
MAM - 1º andar
MAM - 2º andar

Conheçam a obra desta artista http://www.tatianablass.com.br/. 



Depois do MAM vimos um grupo de jazz ao ar livre no centro do Rio. Os músicos eram jovens e tocavam muito, o baixista e o guitarrista chamaram mais atenção que o trompetista. Jantei em um restaurante tradicional chamado Santa Capela com Letícia Spiller na mesa da frente. Delícia... de jantar. Peguei um ônibus e dormi na Tijuca, bairro próximo ao Maracanã, vizinho da Vila Izabel de Noel Rosa. Um bairro tranqüilo da Zona Norte, um pouco longe do centro mas bem mais barato que a Zona Sul, o metro quadrado mais caro do Brasil. Acordei quinta feira e senti algo andando nas minhas costas. Uma barata! Levantei com o despertador vivo e nos preparamos para conhecer o Parque Quinta da Boa Vista. 

Quinta da Boa Vista
Quinta da Boa Vista
Quinta da Boa Vista
Quinta da Boa Vista
Quinta da Boa Vista
Museu Nacional
Quinta da Boa Vista
Quinta da Boa Vista
Maravilhoso. Lá tem o Museu Nacional que estava fechado e não pudemos conhecer, o zoológico e um campus da UERJ. De noite fomos ao aniversário de um boêmio da tijuca que rolou em um bar de esquina. Conheci o Japa de Ribeirão Preto a Érika do Pará e os boêmios da tijuca, o Churisba que também mora lá, estava viajando. Um músico muito bom fez a trilha sonora da festa. Continuamos a festa no bar ao lado, ½ porta. Conversamos bastante e acabei dormindo na casa do maluco que me mostrou seus vinis, um baixo que ele construiu com uma madeira maciça pesadíssima e como trabalha com edição de vídeos, me deu vários toques para documentar o projeto. Uma câmera Go Pro é preciso. No outro dia acordei com o cara sem dormir, tinha ido enterrar um amigo e estava puto. Sua mãe veio enchendo o saco todo o caminho para ele mudar de vida, morar em um apartamento em Copacabana. “Tudo tem um preço!”. Tive que pular o muro para sair do edifício e chegando na casa o Mindu estava lá trancado com fome. Arrumamos um rango e de noite lapeamos novamente. Presenciamos uma passeata de ciclistas incentivando o uso da magrela. That´s great. 



 Sábado almoçamos uma feijoada, com arroz mexicano e salada feitos pela Érika. Ficou muito bom. De tarde praia de Ipanema. De noite morro da mangueira. Fomos ver o ensaio dos samba enredos semifinalistas da verde e rosa. Uma caminhonete lotada de cerveja patrocinada pelo grupo de um dos sambistas e nossa função era cantar junto na quadra. Pegamos a letra e ouvimos a música umas cem vezes para memorizarmos. Sonhei com aquele samba. 


Erika, Diego, ???, Japa, André, Erika, Churisba
Prédio da mangueira
Quadra da Mangueira

Dia 02 de outubro, domingo Rock in Rio. Vi o show da Pitty meia boca, mas o show do System of a Down valeu a pena. O cara canta muito e a banda é pesada. Na volta choveu e não fiquei para o Guns. Vi November Rain pela multishow, muito melhor. A voz do Axel Rose tava horrível e a chuva não valia a pena um show que já fez história no Rock in Rio. Dia seguinte almocei um galeto delicioso e vi o filme do Wagner Moura O Homem do futuro. Bacaninha. Atuação legal, direção jóia, roteiro massa. De noite dormi novamente na tijuca. No último dia na cidade maravilhosa conheci o famoso Jardim Botânico, belíssimo. Criado em 1808 com objetivo de aclimatar as especiarias vindas das Índias Orientais por D. João, o Jardim de Aclimação foi aberto à visitação pública após 1822 e teve muitos visitantes importantes como Einstein, e a Rainha Elisabeth. Nele podem ser observadas cerca de 6.500 espécies distribuídas por uma área de 54 hectares, ao ar livre e em estufas. Conheçam esta maravilha. 

Jardim Botânico
Jardim Botânico
Jardim Botânico
Jardim Botânico
Jardim Botânico
Jardim Botânico
Jardim Botânico

Jardim Botânico
Jardim Botânico
Jardim Botânico
Jardim Botânico
Jardim Botânico
Jardim Botânico

Jardim Botânico
Jardim Botânico
Voltei para tijuca, arrumamos nossas coisas e partimos para o Galeão. O Rio é uma cidade incrível e muito intensa para o bem e para o mal, felizmente nada ruim aconteceu. Dia 07 de outubro pegamos estrada novamente, começamos a segunda parte da estrada Real. Um grande abraço para a Érika o Japa e o Churisba que nos acolheram muito bem.

Postado por André Roriz


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