segunda-feira, 27 de junho de 2011

Cicloturismo: Goiânia - Pirenópolis - Corumbá - Goiânia




Viagem de 3 dias de muita pedalada, ao todo foram 20 horas em cima da bicicleta. No primeiro dia saímos de Goiânia às 6:00h e fizemos nossa primeira parada no Posto Presidente em Anápolis para o café da manhã. Leite, granola, mucilon de milho, xarope de guaraná, banana e mexerica. Enchemos os cantis de água e pé na estrada.


Na ida para Pirenópolis o trajeto tem mais subidas, e a mais difícil  delas é antes de Planalmira, aonde iríamos almoçar. A estrada tem uma bica de água direto da nascente, paramos para refrescar e nos preparar para subida fatal. Chegamos em Planalmira por volta das 13:30h da tarde, fizemos nosso almoço com a ajuda do funcionário da Lanchonete da Trilha que nos forneceu uma salada para completarmos nosso prato.

Bica no caminho

Após o almoço esticamos a rede, o isolante térmico e dormimos uma hora e meia para descansarmos para a etapa final do primeiro dia da viagem. De Planalmira para Pirenópolis faltavam cerca de 30 km e as subidas já não mais faziam parte do cenário. Lá pelas 18:00h chegamos em Pirenópolis e sentimos aquela sensação de dever cumprido, realmente não é fácil pedalar 130 km com 20 kg de bagagem na garupa.

Pausa depois do almoço


Chegamos na cidade, paramos apenas para comprar os alimentos do jantar e café da manhã do dia seguinte e fomos para o pé do morro dos Pireneus para encontrarmos o local de nosso acampamento. Demoramos um pouco devido a escuridão mas optamos por dormir próximo ao famoso Poço das Andorinhas.

Chegada em Pirenópolis

No outro dia acordamos, fizemos o lanche matinal e seguimos nossa viagem pela Serra dos Pireneus. Foram 15 km de subidas inclinadas na terra, essa parte foi a mais difícil da viagem.

Primeira noite

No meio do caminho paramos no mirante para descansarmos, tirarmos algumas fotos e curtir o visual da região. Encontramos alguns ciclistas, conversamos com o vendedor de bebidas e partimos. Chegando no final da subida, encontramos alguns amigos de carro que estavam subindo para escalar na Serra. Colocamos nossas bagagens no carro deles e fomos direto para o córrego mais próximo, refrescar a mente e o corpo. Seria difícil entrar na trilha deste poço com toda nossa bagagem.

Mirante de Pirenópolis

Depois subimos de encontro ao carro, pegamos nossas coisas e continuamos nosso percurso descendo para a cidade de Cocalzinho de Goiás. Quase chegando na cidade, espantamos um boi do nosso lugar de almoço e preparamos um macarrão de atum com molho branco da melhor qualidade. Conversamos com outros ciclistas que passavam por ali, tocamos um violão e seguimos viagem.

Almoço em cima da Serra dos Pireneus

Nossa próxima parada era em cima do Salto de Corumbá. Armamos as redes mas os cupins impossibilitaram nossa idéia, acabamos esticando os colchões no chão ao lado do rio.


Dessa vez o cardápio era macarrão a bolonhesa. Comemos, tocamos violão e dormimos apreciando um céu totalmente estrelado. O Diego dormiu bem em seu saco de dormir sobre um colchão de ar compacto, já eu praticamente não consegui dormir. No começo da noite, enrolado em uma rede com duas blusas de frio, toca e luva sobre o isolante térmico, eu achava que estava bem. Mas o frio aumentava e a única coisa q eu podia fazer era tentar dormir. Não consegui e passei o maior frio da minha vida. Tudo bem!

Rio Corumbá

Às 5:30 estávamos de pé nos movimentando sem parar para espantar o frio. Arrumamos nossas coisas, fizemos o lanche e às 7:00h estávamos na estrada novamente. Paramos no mirante do salto, fizemos um vídeo, tiramos algumas fotos e prosseguimos.


Novamente encostamos na Lanchonete da Trilha em Planalmira e fizemos um lanche por lá. O funcionário gostou muito da idéia de nossa viagem e prometeu a ele mesmo comprar uma bike para fazer a sua também. Pedalar é preciso! No almoço paramos novamente em Anapólis no posto Presidente, nossos corpos estavam clamando por um descanso.


O caminho de Anápolis para Goiânia foi o melhor da viagem. Várias descidas longas e a sensação de ver Goiânia cada vez mais próxima era muito boa. Chegamos em nossas casas às 19:00h, cansados mas com a certerza de que podemos chegar em qualquer lugar deste Brasil em cima da bicicleta.



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quarta-feira, 1 de junho de 2011

Cicloturismo


No Wikipédia podemos encontrar uma boa definição de cicloturismo:

"O cicloturismo é uma forma de turismo que consiste em viajar utilizando como meio de transporte uma bicicleta. É uma maneira muito saudável, econômica e ecológica de se fazer turismo.
A bicicleta causa uma ligação quase que mágica com as pessoas, pois a recepção dada a um cicloturista é mais calorosa do que se o viajante chegasse em outro meio de transporte. Outro fator importante no cicloturismo é o conhecimento que se adquire de outras culturas e costumes das cidades visitadas."


Durante o tempo do projeto estaremos praticando o Cicloturismo, viajando de bicicleta pelo Brasil. No Brasil existem várias referências sobre o este modelo de turismo, podemos citar algumas:

Clube de Cicloturismo
Antônio Olinto
Escola de Bicicleta

E existem também pessoas que estão ligadas ao cicloturismo e viajando por aí:

Nova Origem
Pedais Pelo Mundo
Bicicreteiro
América do Sul no Pedal
O2 Expedição
Binho Cicloturismo
Caminhos de Bicicleta

O cicloturismo tem como característica a interação com o caminho em que está viajando. Conseguimos apreciar muito mais as paisagens e ter um contato bem maior com as pessoas que encontramos pelo trajeto. Na maioria das vezes, o cicloturista irá carregado de bastante bagagem, o que costuma chamar a atenção de todos por onde passa. As pessoas perguntam de onde estamos vindo e para onde vamos, a primeira vista não acreditam, depois começam a admirar o fato de estarmos pedalando vários quilômetros. Essa curiosidade despertada nas pessoas colabora muito com a interação social entre nós e a população local.

clique aqui e veja algumas bicicletas de cicloturismo pelo mundo



Bagageiro traseiro para bicicleta


Quando se vai viajar de bicicleta um item importante é o bagageiro, onde irá os alforjes. Na minha opinião, primeiramente o bagageiro deve ser resistente, e preferencialmente leve. Quando pedi para fazer meu bagageiro pensei mais na resistência. Fiz um projeto infantil no paint e levei para o serralheiro.


Projeto fabuloso


Conversei com o serralheiro e expliquei o motivo do bagageiro. Ele se assustou um pouco mas falou que seria fácil fazer. Deixei minha bicicleta lá por 2 dias e quando peguei gostei do resultado.





O serralheiro me cobrou 70 reais, poderia ser até mais barato dependendo do material utilizado. O preço de um bagageiro Tranz X que suporta 25 kg é 70 reais e mais ou menos 20 reais de frete (http://www.arcoeflecha.com.br/p-2266-Bagageiro-Traseiro-de-Aluminio-Tranz-X-CD013A.html)

Já viajei muitos kilômetros com esse bagageiro e não tive nenhum problema. É um pouco mais pesado que os outros mas é bastante resistente, fácil de tirar e de colocar. Para o bagageiro da frente vou fazer outro exuberante projeto e levar para o santo serralheiro, capaz de decifrar o projeto e ainda fazer um bom trabalho.