domingo, 8 de abril de 2012

Itacaré


Itacaré
Após 20 km de pedal, quebrar 8 raios da roda, a gancheira do câmbio e ter que ser resgatado de caminhonete há menos de 3km do final; chegamos em Itacaré. Que maravilha! Ligamos pro Hugo que já nos esperava em sua casa e ele nos buscou com a caminhonete de seu amigo e parceiro Alexandre.

Gancheira quebrada

3km de Itacaré
 Nos hospedamos em sua casa e então conhecemos o porteiro do recinto. Xalu, um grande Rotwailer preto sem cara de muitos amigos. Colocamos as risadas em dia, e nós comemos seu belo almoço. De noite ele vende seus artesanatos de bambu na praça da Mangueira debaixo de uma estrutura de bambu em geodésica que eles fizeram. Realmente chama a atenção dos turistas da Pituba, a rua principal da cidade. Chegamos para o carnaval que lotou as ruas da cidade de baianos, turistas e gringos. Conhecemos meninas de Israel, Espanha, Itália, e uma galera de todo o Brasil.

Alma Bambu

Alma Bambu - Praça da mangueira
Tocamos um violão em troca de biritas no Hostel Che Lagarto e pela primeira vez conseguimos um troco tocando no casarão azul. R$ 150,00, um rio de dinheiro para nós. Juntamos com a amiga goiana Priscila que chegou depois na casa e tocamos no restaurante de um norte americano surfista com sotaque texano bem carregado. All right. Um grande abraço Priscila. De noite em Itacaré os locais são o Jungle, do forró, reggae e ás vezes música eletrônica e o Favela ao lado mais aberto que no final da noite rola um som ao vivo magro. As praias são paradisíacas e com o mar mais agitado do que as praias que conhecemos no sul do litoral. Conhecemos diversas praias:



Praia do Rezende
Prainha
Praia da Tiririca
Praia do Jeribucaçu
 A casa do Hugo fica no bairro de periferia chamado Passagem. E existe apenas um caminho para adentrá-lo e de noite você presencia de tudo por lá. Muitos viciados em crack andando como zumbis trocando até o corpo para fumar a pedra. Comigo, toda vez que voltava de noite alguma menina se oferecia por um troco para consumir esta merda. Um problema crítico de saúde e segurança pública. Uma noite um cara foi assassinado na casa vizinha e o vai e vem de policiais em alta velocidade nas vias do bairro é algo comum, mas não tanto quanto a presença dos usuários. Conhecemos um grupo musical que pretendia subir todo o litoral mandando um som mas tiveram todos os seus instrumentos roubados, muitas vezes por estes usuários de crack que já não conseguem controlar seu vício.

www.cracknempensar.com.br
Outra coisa curiosa que acontece em Itacaré é a forma como se dá um encontro entre os sexos. Alguns homens, muitas vezes cheios de músculos e maldade, fazem de tudo para conseguir atingir seus objetivos. Na delegacia existem inúmeras queixas de estrupo feitas por gringas que acabam se dando mal nas mãos destes otários. É muito comum ouvir relatos de homens que adentram a Pituba com suas namoradas fiéis e comportadas e que são dilaceradas por olhares e conversas fiadas do pessoal da região na cara dura, bem em frente deles.

Em Itacaré foi onde nos alimentamos como reis; foi moqueca de peixe, camarão, peixe assado, frito, frango na brasa, acarajé e muito mais. Pescamos duas vezes, uma das vezes com o grande Paulista, que vende o melhor Dog da cidade. Um grande abraço ao Paulista, ao Marquinho e ao pessoal do Alma Bambu, Alexandre e Hugo, muita força na luta de vocês. Quando voltarmos por aí ficaremos é mais de mês na casa de bambu no meio do matagal. Final do ano é Chapada Diamantina galera.
Muqueca de camarão

Lanche do Paulista
 Itacaré ficou na memória.

Diego, Alexandre, Hugo e André



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