sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Colinas do Sul - Niquelândia - Cocalzinho de Goiás


Serra da Mesa
Enfim nos despedimos de São Jorge e iniciamos mais uma jornada, agora para Colinas do Sul. 37 km de muita descida, só que muito mais leve, pois deixamos boa parte de nossa bagagem com nossos amigos em Alto Paraíso. Íamos pedalando e observando a chuva que se formava devagar por todos os lados do caminho. Até que cantei a pedra dizendo que após uma boa subida teríamos a chuva como recompensa. Dito e feito, terminamos a subida e começou o temporal. No início ficamos embaixo de uma árvore para ver se era uma chuva passageira, mais depois a copa rala da árvore do cerrado não mais nos protegia de nada. Seguimos encharcados e bem sujos até Colinas onde não conseguimos uma cortesia no primeiro hotel que paramos, mas sim no segundo cujo dono é um goiano que morou quase na mesma quadra que o Diego quando garoto. Coincidência ou não, Ricardo e sua mulher Camila nos abrigaram na belíssima Pousada Lua e Flor. Um casarão bem grande com um rio no quintal.

Descendo a Chapada dos Veadeiros

Pousada Lua e Flor

Pousada Lua e Flor
Nos acomodamos e tivemos várias conversas em comum sobre nossa querida cidade com nosso anfitrião. Jantamos dois sanduíches e dormimos para nos prepararmos para chegar em Niquelândia no dia seguinte, mas não sem antes conhecermos uma queda d'água da região e o maior lago artificial do Brasil, a Serra da Mesa. Muito conhecido entre os pescadores, o lago estava em um nível tão baixo que nosso amigo dizia ser possível encontrar varas e iscas artificiais nas margens do mesmo.

Colinas do Sul - GO

Reunião matinal

A ponte do rio que não caiu

Pousada Lua e Flor

Serra da Mesa - GO

Pedalamos mais de 90 km, passamos novamente pela dança da chuva e chegamos já de noite em Niquelândia, a capital do Níquel. Pelo caminho, mais uma vez fomos alertados que o crack está destruindo a mente da juventude, então para tomar cuidado com furtos no caminho. Chegamos e tentamos cortesias com diversos hotéis e pousadas e nada conseguimos. Meu pneu furou e após remendá-lo resolvemos depois de muito tempo pagar uma estadia confortável e segura.


Niquelândia - GO
Quarto mais barato do mundo
 Dia seguinte o pedal também não foi fácil. Chuva no começo, lanche em pé no supermercado com a canela molhando dos pingos e atraso na saída. Mas a frente quando paramos para almoçar ela veio novamente só que não foi embora, daí resolvemos seguir com ela caindo devagar. 10 km na frente uma caminhonete com uma carreta nos passou e parou uns 50 metros adiante com o pisca ligado. Imaginamos que era uma carona e não ousamos recusar, já que devido a chuva ter enrolado nossa saída e por estar chovendo aquela hora, optamos pelo conforto de uma 4 rodas com motor ao invés de chegarmos a noite molhados. O cara de Goianésia trabalhava com materiais de construção e devido ao seu funcionário que faz a entrega ter faltado no dia, ele mesmo foi entregar a mercadoria. Sorte nossa!

Carona na hora certa
Ficamos no trevo que vira para Cocalzinho ou segue para Goianésia, e pedalamos mais 25 km para chegarmos numa micro cidade de Goiás em direção a Cocal. Encostamos nossos corpos cansados em outro hotel para nos prepararmos para o dia mais difícil do pedal desta jornada. No outro dia finalmente chegamos em Cocalzinho que fica próximo do segundo ponto mais alto do Estado de Goiás, então tivemos grandes subidas e na última e mais longa recebemos o telefonema do Danilo “calouro”, que estava nos esperando. Ele junto com o Fernandim foram nos buscar na rodovia para mostrar o caminho da cocasa, casa que eles mais outro pessoal alugam para poderem dormir e abrigar suas coisas após escalarem na Serra dos Pirineus.

3 picos
Mais a tarde chegaram os demais integrantes; Danilo, Fernandim, Tiozão, Carolzinha, Samurai, Paula, Zé Barba, e todos juntos fomos fazer o night climb em um local que parece que foi feito para escalar. Levei o colchão e o estiquei até quase amanhecer o dia. O Diego ainda mandou um boulder V4 depois de tanto tempo sem trepar na pedra. O sol raiou, almoçamos todos juntos e marcamos de nos encontrar no topo da Serra dos Pirineus, para então de lá seguirmos para Pirenópolis.

Carolzinha, Tiozão, Danilo, Fernandim - Cocasa
Subidas intensas, uma atrás da outra até o pico onde era o encontro marcado. O pessoal agora estava escalando no famoso “Gueto”, local conhecido entre os escaladores da região, e em pouco tempo chegaram mais 3 amigas vindas de Goiânia, loucas para grudarem nas rochas.

Morro do Cabeludo
Morro do Cabeludo

Subindo a Serra dos Pirineus

O Gueto
O Gueto

Vista de cima do Gueto
Nos despedimos de todos e nossa próxima parada seria na famosa cidade de Pirenópolis, mas não sem antes pararmos no mirante sobre a cidade e rever a mesma paisagem que vimos quando fizemos nosso primeiro treinamento em julho de 2011, antes de pegarmos viagem.


Pirenópolis da Serra dos Pirineus
Foram 3 dias e 310 km. Saímos de Goiânia, dormimos no pé da Serra em Pirenópolis, subimos a Serra que na época foi o pedal mais difícil da minha vida, para dormir ao lado do rio em cima do Salto de Corumbá onde passei o maior frio da minha vida. Não consegui dormir e então pegamos o trecho mais longo no terceiro dia, de volta para Goiânia. Agora no alto da Serra dos Pirineus tínhamos que descer o que um dia foi um grande obstáculo, para então estacionarmos na nossa querida Pirenópolis, a última parada da viagem.

                                 


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