sábado, 10 de novembro de 2012

São Luís


São Luís
Depois de muitos quilômetros dentro de uma cidade quente e muito carro, chegamos na Pousada Porto no centro histórico de São Luís. Conseguimos uma cortesia para 5 dias e fomos muito bem recebidos pelos funcionários. Ajeitamos nossas coisas e ficamos curtindo o quarto, descansando o corpo cansado no ar-condicionado. Esses momentos em que chegamos ao encontro do conforto depois de dias de pedal e dormidas em postos de gasolina são muito prazerosos. Demos uma pequena volta no centro histórico e achei muito bonita a arquitetura dos prédios, as ruas de pedras, a iluminação subterrânea o sorriso dos comerciantes. Não combinava com a opinião de muitas pessoas que já tinham visitado a Ilha do Amor. 

São Luís

São Luís

São Luís

São Luís

Comecei a me sentir um pouco mal e tomei uma água de coco, um suco e voltamos para o hotel. De noite fui ficando cada vez pior até perceber que o “almoço” tinha me intoxicado. Levantei para vomitar diversas vezes até começar a sair o próprio suco gástrico. Não tinha água no quarto e saí no saguão do hotel, a recepcionista viu minha cara verde e me deu água para tomar. Demorei a dormir e suei bastante até acordar no outro dia, zonzo de fome. Comi o café da manhã e aos poucos fui mudando de cor. 

Café da manhã - Pousada do Porto
Demos outra volta de noite pelos entornos da pousada e conhecemos outra cidade. Muito viciado na rua te pedindo dinheiro. Um sentou-se em nossa mesa e foi difícil livrar-se do pobre coitado. Também percebemos muitos homossexuais que ficam te devorando com os olhos, sem preconceito, mas é uma situação um pouco constrangedora. Ficamos imaginando como muitas mulheres se sentem em uma reunião social que ás vezes parece mais um açougue, é muita carência de qualquer coisa.  Em alguns lugares o odor de barata tomava conta do local para piorar a situação de uma cidade saqueada há anos por uma oligarquia regional. 
Tivemos o prazer de conhecer uma moça bem simpática que trabalhava no Museu de História Natural que nos disse que já fez movimentos estudantis para tentar abrir os olhos das pessoas que muitas vezes não percebem que são roubadas em tempo integral. Mas a polícia lá reprime violentamente qualquer movimentação social. Segundo ela, muitas empresas não firmam no Maranhão, devido a um imposto que vai diretamente para o bolso dos sarnentos. O próprio Sarney ainda recebe um salário todo mês sendo que, literalmente, o próprio não pisa por lá já faz anos. Cadeia pra este povo! 

Museu de História Natural - São Luís

Museu de História Natural - São Luís

Museu de História Natural - São Luís

Museu de História Natural - São Luís
Conhecemos também o Museu Histórico e Artístico e fomos guiado pela Maria Helena que nos explicou tudo sobre a sociedade rica do Maranhão colonial  De noite, como não poderíamos deixar de conferir na Jamaica Brasileira, um show de reggae embaixo do nosso quarto. Muita energia positiva, com músicos de responsa, na escadaria de uma cidade linda, com um passado político cruel. O ritmo jamaicano está no sangue dos maranhenses, e qualquer barzinho de esquina toca pedradas para os clientes apreciarem. 

Museu Histórico e Artístico - São Luís

Museu Histórico e Artístico - São Luís

Museu Histórico e Artístico - São Luís

Museu Histórico e Artístico - São Luís

Regueira embaixo do nosso quarto

Jamaica brasileira
Dia seguinte o Diego seguiu para o Pernambuco e eu fiquei mais um dia organizando uns vídeos do projeto e me preparando para uma semana de pedal intenso, sozinho, de São Luís até a Chapada das Mesas em Carolina, fronteira com o Tocantins.



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