Saímos de Recife em direção a Olinda segunda-feira às 18:00, horário de pico e ainda com muita chuva, muita chuva mesmo. No começo do trajeto, ainda em Boa Viagem, me perdi do André e só reencontramos em Olinda. Nesse horário o trânsito de Recife é caótico, primeiro pela quantidade de carro, e também pelas várias pontes existentes por toda cidade, tornando o trânsito mais lento ainda, os carros vão se espremendo com os ônibus para entrar na ponte e o negócio fica feio.
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O bairro do Recife Antigo visto de uma das pontes |
Depois de 1 hora pedalando e 20 km rodados estava no centro histórico de Olinda. Indo em direção à casa do Duende e da Carol, conhecemos eles em Maracaípe e nos convidaram para ficar em sua casa. Duende é um ótimo artista de rua, ganhando seu sustento nos semáforos de Recife, Carol é formada em gastronomia, trabalha em um restaurante e é uma cozinheira de mãe cheia. Agradecemos muito os dois por terem nos acolhido, logo logo vamos nos reencontrar na Praia da Pipa.
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Diego, Duende, Carol e André fotografando a fotografia |
Um mito popular diz que o nome Olinda teria a sua origem numa suposta exclamação do fidalgo português Duarte Coelho, primeiro donatário da Capitania de Pernambuco – "Oh, linda situação para se construir uma vila!".¹ Hoje em dia a situação é mais linda no centro histórico, nos arredores de Olinda o que se vê é nosso velho e bom Brasil, predominando a classe média e classe baixa.
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Recife visto de Olinda |
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Quatro Cantos |
Olinda é a segunda cidade brasileira a ser declarada como Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade, pela UNESCO, a primeira é Ouro Preto. Existem várias igrejas e construções históricas espalhadas por lá, as duas que gostei mais foram a Igreja de Nossa Senhora do Carmo e a Catedral de Olinda. Outro lugar incrível é o Alto da Sé, de lá se tem uma vista privilegiada de Olinda, Recife e do mar. Lá ainda existe uma caixa d’água onde os turistas sobem para ter uma vista mais ampla de tudo.
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Igreja do Carmo vista de cima... |
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...E agora vista de baixo |
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Catedral de Olinda |
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Olinda vista de cima da caixa d'agua |
A festa de maior destaque lá é o carnaval, atraindo milhares de foliões que se espremem nas pequenas ruas do centro histórico. Além do frevo, é muito comum ver eventos de maracatu e coco por Olinda, tive a oportunidade de ir a um coco onde senti quanto o pernambucano valoriza suas raízes.
Conheci muitas pessoas bacanas em Olinda, e antes de ir embora de vez fiquei um dia na casa do Serginho, produtor do Alceu Valença. Muito gente boa e bastante envolvido com a parte cultural de Olinda, conversamos muito sobre música, manguebit, Alceu Valença e também sobre o Cangaceiro Lampião. Serginho cria um bode em sua casa chamado Bé, o bode é tranquilo, mas ficou furioso com minha bike e deu algumas chifradas nela, a bike é guerreira e aguentou o tranco, Serginho acalmou o Bé e a situação se tranquilizou.
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Eu e Serginho |
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Casa do Alceu Valença, onde mora Serginho |
Um homem de destaque no Nordeste é Virgulino Ferreira da Silva, vulgo Lampião, nasceu na cidade de Serra Talhada no Pernambuco. “Lampião foi acusado de atacar pequenas fazendas e cidades em sete estados além de roubo de gado, sequestros, assassinatos, torturas, mutilações, estupros e saques. No nordeste do Brasil, sua história é contada diferente de todos os outros Estados do País. Lá, Lampião é conhecido como o Robin Hood do sertão brasileiro, que roubava de fazendeiros, políticos e coronéis da época do coronelismo brasileiro para dar aos pobres miseráveis, que passavam fome e lutavam para sustentar famílias com inúmeros filhos.”²
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Lampião e Maria Bonita |
Depois de ótimos dias em Olinda parti rumo à Paraíba, o André ficara em Olinda mais alguns dias, serão 120 km até a cidade de João Pessoa.
Fontes:
¹ -
http://pt.wikipedia.org/wiki/Olinda
² -
http://pt.wikipedia.org/wiki/Virgulino_Ferreira_da_Silva
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