quarta-feira, 18 de julho de 2012

Olinda


Saímos de Recife em direção a Olinda segunda-feira às 18:00, horário de pico e ainda com muita chuva, muita chuva mesmo. No começo do trajeto, ainda em Boa Viagem, me perdi do André e só reencontramos em Olinda. Nesse horário o trânsito de Recife é caótico, primeiro pela quantidade de carro, e também pelas várias pontes existentes por toda cidade, tornando o trânsito mais lento ainda, os carros vão se espremendo com os ônibus para entrar na ponte e o negócio fica feio. 

O bairro do Recife Antigo visto de uma das pontes
Depois de 1 hora pedalando e 20 km rodados estava no centro histórico de Olinda. Indo em direção à casa do Duende e da Carol, conhecemos eles em Maracaípe e nos convidaram para ficar em sua casa. Duende é um ótimo artista de rua, ganhando seu sustento nos semáforos de Recife, Carol é formada em gastronomia, trabalha em um restaurante e é uma cozinheira de mãe cheia. Agradecemos muito os dois por terem nos acolhido, logo logo vamos nos reencontrar na Praia da Pipa. 


Diego, Duende, Carol e André fotografando a fotografia
Um mito popular diz que o nome Olinda teria a sua origem numa suposta exclamação do fidalgo português Duarte Coelho, primeiro donatário da Capitania de Pernambuco – "Oh, linda situação para se construir uma vila!".¹ Hoje em dia a situação é mais linda no centro histórico, nos arredores de Olinda o que se vê é nosso velho e bom Brasil, predominando a classe média e classe baixa. 


Recife visto de Olinda
Quatro Cantos
Olinda é a segunda cidade brasileira a ser declarada como Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade, pela UNESCO, a primeira é Ouro Preto. Existem várias igrejas e construções históricas espalhadas por lá, as duas que gostei mais foram a Igreja de Nossa Senhora do Carmo e a Catedral de Olinda. Outro lugar incrível é o Alto da Sé, de lá se tem uma vista privilegiada de Olinda, Recife e do mar. Lá ainda existe uma caixa d’água onde os turistas sobem para ter uma vista mais ampla de tudo.

Igreja do Carmo vista de cima...
...E agora vista de baixo
Catedral de Olinda
Olinda vista de cima da caixa d'agua
A festa de maior destaque lá é o carnaval, atraindo milhares de foliões que se espremem nas pequenas ruas do centro histórico. Além do frevo, é muito comum ver eventos de maracatu e coco por Olinda, tive a oportunidade de ir a um coco onde senti quanto o pernambucano valoriza suas raízes.




Conheci muitas pessoas bacanas em Olinda, e antes de ir embora de vez fiquei um dia na casa do Serginho, produtor do Alceu Valença. Muito gente boa e bastante envolvido com a parte cultural de Olinda, conversamos muito sobre música, manguebit, Alceu Valença e também sobre o Cangaceiro Lampião. Serginho cria um bode em sua casa chamado Bé, o bode é tranquilo, mas ficou furioso com minha bike e deu algumas chifradas nela, a bike é guerreira e aguentou o tranco, Serginho acalmou o Bé e a situação se tranquilizou.

Eu e Serginho
Casa do Alceu Valença, onde mora Serginho
Um homem de destaque no Nordeste é Virgulino Ferreira da Silva, vulgo Lampião, nasceu na cidade de Serra Talhada no Pernambuco. “Lampião foi acusado de atacar pequenas fazendas e cidades em sete estados além de roubo de gado, sequestros, assassinatos, torturas, mutilações, estupros e saques. No nordeste do Brasil, sua história é contada diferente de todos os outros Estados do País. Lá, Lampião é conhecido como o Robin Hood do sertão brasileiro, que roubava de fazendeiros, políticos e coronéis da época do coronelismo brasileiro para dar aos pobres miseráveis, que passavam fome e lutavam para sustentar famílias com inúmeros filhos.”²

Lampião e Maria Bonita
Depois de ótimos dias em Olinda parti rumo à Paraíba, o André ficara em Olinda mais alguns dias, serão 120 km até a cidade de João Pessoa.

Fontes:
¹ - http://pt.wikipedia.org/wiki/Olinda 
² - http://pt.wikipedia.org/wiki/Virgulino_Ferreira_da_Silva



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