Como não tinha quartos vagos ela nos disponibilizou sua garagem para colocarmos nossos colchões. Uma senhora com exemplares 82 anos de muito trabalho rodeados de uma bela família, que pudemos conhecer pelas fotos, e malandros que povoam sua casa. Ela disse que até pegar dinheiro na sua carteira tinha gente que fazia.
No segundo dia o destino foi Luizlândia do Oeste, 85 km. Almoçamos em um posto de gasolina, dormimos uma hora para escondermos do sol e partimos às 14:00h para chegarmos ao destino às 17:30h. Passamos o feriado dormindo em um posto de gasolina ao ar livre.
Na primeira subida conseguimos pegar rabeira em um caminhão. Passamos por um grande incêndio na mata e dormimos em um posto a 50 km de Felixlândia. Mais uma vez dormimos no posto de gasolina com direito a janta de graça e banho quente.
No dia 10 de setembro após os preparativos matinais, conversamos com um motorista paranaense gordo que disse estar 5 dias sem dormir à base de Rebite. Vida louca. Nosso destino era Curvelo e pela primeira vez saímos da BR – 040 e pegamos uma estrada muito agradável e bem mais vazia.
Paramos para tomar um leite de vaca cremoso direto da leiteira Careta. A mimosa nos presenteou com um néctar dos deuses naquela altura do campeonato.
Chegando em Curvelo resolvemos seguir mais adiante e estacionamos em Inimutaba. Cidade estranha não muito receptiva conosco. Pedimos informações de um lugar para repouso para uns policiais que nos recomendaram outro posto na rodovia. O banho era caríssimo; R$ 3,00 então resolvemos dormir sem ele.
No outro dia acordamos às 5:00 h da manhã num frio de gelar a espinha. No começo pouca subida, depois da cidade Presidente Juscelino pegamos 20 km de SERRA. A parte mais difícil do percurso. Tivemos a infelicidade de percorrê-lo no sol a pino do meio dia. A temperatura do corpo estava muito alta e após 15 km de subida tivemos que parar 5 minutos em uma sombra.
Jogamos água no corpo e continuamos a subir até que passou um caminhão bem devagar e tentamos pegar rabeira. O *&%¨#¨#, desviou da gente invadindo a pista contrária quase causando um acidente. Sorte que logo em seguida já vinha outro caminhão que buzinou sugerindo nossa futura rabeira. Foi um alívio. Chegamos ao cume da serra e no final da descida paramos à beira de um córrego para nos refrescarmos e fazer nosso almoço. Era tudo que precisávamos.
Depois do descanso, mais subidas, várias em um cenário que enchiam os olhos e cansava as pernas. Foram 85 km pesados. Dia 12 de setembro chegamos à maravilhosa cidade de Diamantina. Os mineiros daqui são muito receptivos e logo no centro da cidade fomos convidados para tomar um refrigerante na mesa de quatro agentes prisionais muito engraçados.
Eles compraram 6 adesivos nossos e nos ofereceram abrigo para os dias seguintes. Ficamos surpreendidos com tudo nesta cidade. A arquitetura é fantástica, as ladeiras são bastante inclinadas e a cidade é história pura. Cidade de JK, Diamantina se tornou patrimônio cultural em 1999.Conhecê-la é preciso.
Um comentário:
Bom demais acompanhar sua aventura por aqui galera! Continuem firmes!
Um forte abraço!
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